O saldo total de crédito para aquisição de automóveis fechou outubro em R$ 199,4 bilhões, crescimento de 7,3% no ano, enquanto o total de crédito do Sistema Financeiro Nacional evoluiu 14,1%, evidenciando moderação na evolução da aquisição de automóveis por meio de financiamentos. A conclusão é da Anef, Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras.
Para a entidade, o cenário atual segue a tendência do ano, com crescimento em ritmo desacelerado e menor que o de 2010, porém, de forma constante. As medidas macroprudenciais tomadas pelo Banco Central, em dezembro passado, foram afrouxadas em novembro, mas a evolução da carteira deve manter-se na mesma proporção.
“A nova medida do BC ajuda a impulsionar as vendas para o fim do ano. Entretanto, será um processo moderado, que nos leva a crer em aumento para o ano equivalente a 10%”, afirma Décio Carbonari de Almeida, presidente da Anef (foto).
Análise trimestral da Associação sobre vendas, finalizada em setembro, apontou que as vendas à vista representaram 39% dos veículos e comerciais leves comercializados, com 48% para CDC, 7% para consórcio e 6% para leasing.
Inadimplência
Em alta desde o começo do ano, o saldo de inadimplência no crédito para pessoa física, acima de 90 dias, chegou em setembro à expressiva marca de 4,7%, um aumento de 0,3 ponto percentual frente ao mês anterior. Almeida considera que o número supera as expectativas, mas ainda está sob controle. “Essa situação no financiamento de veículos fica abaixo do índice de atraso total de empréstimos para pessoas físicas, de 7,1%. Esperamos que trajetória comece a mudar nos meses iniciais de 2012”, avalia.
Taxa de juros
A taxa de juros teve estabilidade frente a setembro, fechando em 1,53% ao mês. Nos novos contratos, os planos de financiamento fecharam com a média de 41 meses. O prazo máximo oferecido permaneceu em 60 meses neste semestre.
Caminhões
Em outubro o Finame foi utilizado em 71% das operações, cabendo 29% para compras à vista, financiamento, consórcio, leasing e Finame leasing.
Motos
As vendas das motocicletas dependeram de financiamento em 52% dos casos. Os outros 48% foram divididos entre consórcio (28%) e vendas à vista (20%).