As quatro maiores montadoras do Brasil, Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford, perderam mais uma fatia do mercado nos primeiros cinco meses deste ano. A participação das empresas na venda de veículos leves caiu de 74,4% entre janeiro e maio de 2010 para 70,8% no mesmo período deste ano.
Considerando apenas automóveis, enquanto as vendas avançaram 5,9% em média nos primeiros cinco meses do ano, as quatro companhias cresceram bem menos, 1,25%, perdendo market share. A Volkswagen registrou a maior alta entre as quatro marcas, de 4,3%, a Fiat avançou 3,3%, enquanto Ford e General Motors sofreram retração de 1,5% e 1,1%, respectivamente.
Quando avaliado apenas o segmento de comerciais leves, que avançou 17,3% no acumulado do ano até maio, os resultados são melhores. A Volkswagen cresceu 29,3% e a Fiat 19,4%, ambas em ritmo mais acelerado que o do mercado. A Ford e a General Motors, no entanto, não acompanharam os bons resultados. A primeira cresceu bem abaixo da expansão do segmento, com 3,9%, e a segunda sofreu retração de 2,9%.
Pulverização das vendas
A mudança na distribuição das vendas do mercado nacional nunca foi tão acentuada. É consequência da chegada de novos players no País e da investida de outras empresas já instaladas localmente, que trabalham na ampliação do portfólio de produtos e da rede de revendas. As francesas Renault, Peugeot e Citroën começaram a instalar fábricas no Brasil no fim dos anos 90, mas só agora estão realmente incomodando as concorrentes.
Juntas as marcas francesas abocanharam 11,6% do mercado nacional nos primeiros cinco meses do ano. No mesmo período de 2010 as empresas respondiam por 10,2% das vendas. O destaque é a Citroën, que ampliou seus emplacamentos em 23,3% nos primeiros cinco meses do ano, com 38.281 veículos e 2,8% de market share após o lançamento do Aircross. O resultado deixou para trás a outra empresa do grupo PSA, a Peugeot, que ficou com 2,6% do mercado.
A Renault também puxou o avanço das montadoras francesas, com expansão de 20,6% nas vendas de automóveis este ano e de 43,1% no emplacamento de comerciais leves. A companhia ficou em quinto lugar no ranking, com 4,9% de participação no mercado.
Entre as japonesas, a Nissan teve o avanço mais significativo este ano. A companhia ampliou a participação de 0,9% para 1,6%, com alta de 82,7% na venda de automóveis e de 49,2% na de comerciais leves, com 21.561 veículos. A base de comparação da marca, contudo, ainda é baixa, por isso os porcentuais de crescimento são muito elásticos.