Há 40 anos conferindo aos automóveis Mercedes-Benz performance muito além da convencional, a AMG disponibiliza a última palavra em tecnologia e dinamismo. O CLS 63 AMG é uma obra-prima desta divisão da Mercedes-Benz. Toda a ousadia do automóvel é reforçada pelo motor V8 de 514 cv, que acrescenta ainda mais esportividade à condução. As rodas de 19” com desenho exclusivo e a grade dianteira diferenciada transmitem um caráter impactante ao modelo. O CLS 63 AMG possui uma identidade forte e marcante, mostrando que não há limites para se tornar único.
Na hora de desenvolver a nova geração do CLS, a Mercedes-Benz optou pela segunda opção. Ao contrário do ousado modelo que em 2004 criou o novo segmento de “sedãs com cara de cupê”, o novo CLS apenas atualiza o desenho consagrado da primeira geração. Se a grade do radiador similar à do esportivo SLS não parece se adaptar à carroceria, o jeitão imponente do modelo foi mantido.
Contudo, quem vê de perto a versão esportiva CLS 63 AMG acaba esquecendo esses pormenores estéticos. Talvez por isso a Mercedes-Benz do Brasil tenha optado por lançar a nova geração do sedã “ao contrário”, partindo de sua versão topo de linha. A idéia é boa. Afinal, nada como 550 cavalos e 300 km/h de velocidade máxima para ofuscar o estilo controverso e o preço de US$ 230 mil do esportivo.
Quase um Ferrari
A coluna “C” inclinada reduz o espaço interno, que já é restrito para apenas quatro pessoas. O acesso aos bancos traseiros também é prejudicado devido ao desenho da carroceria. Mas basta acelerar o V8 de 5,5 litros bi turbo da AMG para falar: e daí?
O novo motor desenvolvido pela AMG, a divisão esportiva da Mercedes-Benz, consegue transformar qualquer detalhe do CLS em… bem, um detalhe. Tem lógica: mais potente que um Stock Car brasileiro, o propulsor é capaz de acelerar o CLS 63 AMG de 0 a 100 km/h em 4,3 s. Achou rápido? A Ferrari também – seu modelo California faz o mesmo apenas 0,3 mais rápido (e custando mais do que o dobro do preço). Muitos abririam mão de alguns décimos, em troca de todo o conforto que o modelo oferece. E você?
Bem, justiça seja feita: nada disso seria possível sem o câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem MCT. Mais rápido que um equivalente manual (e mais econômico que um automático), o câmbio faz o trabalho sujo de transmitir os monstruosos 800 Nm (81,6 kgfm) para as rodas traseiras – porque, para a Mercedes-Benz, esse negócio de tração integral é coisa de jipe. Brincadeiras à parte…
Para tornar esse esportivo domável, a AMG aperfeiçoou a suspensão independente nas quatro rodas do CLS, incluindo bolsas de ar no eixo traseiro e regulagem de altura. Os freios são a disco ventilados e perfurados nas quatro rodas – que, por sinal, possuem as singelas medidas de 255/55 na frente e 285/30 atrás, com rodas de 19 polegadas.
De fato, com todos esses números, essa coisa de continuidade de design e outras minúcias viram apenas detalhes defumados pela fumaça dos pneus do novo CLS 63 AMG arrancando até os 300 km/h.
Já ouvir dizer que carro rápido tem que ser pequeno e leve, mas a Mercedes é prova viva que com tecnologia e potência você pode ter um carro pesado e com todo o conforto e mimos que a marca oferece. Além disso, faz um 0 a 100 de deixar muito carro de arrancada sem entender nada. Nada mal para um sedã com cara de coupé.