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Ford informa que vai reduzir número de modelos e venda das marcas de luxo

04/10/2010 - 18:55 - Redação

A palestra de Alan Mulally, Presidente e CEO da Ford Motor Company,  no encontro anual da Confederação da Indústria Britânica, que acaba de acontecer em Londres, reservou uma surpresa para a platéia de líderes empresariais. O ex-presidente da Boeing, que assumiu a direção da Ford em 2006, anunciou a continuidade do seu plano “One Ford” em relação ao enxugamento dos custos operacionais da empresa com uma nova proposta de redução do número de modelos produzidos pela marca americana.

Além de reforçar os feitos de sua gestão, que culminou com um lucro de US $ 2,7 bilhões até 2009, Mulally, que hoje impõe respeito internacional por transformar a Ford e salvar um ícone mundial do declínio, disse que quando assumiu a gestão a empresa tinha 97 modelos em linha de montagem.

Primeira decisão: eliminar todas as marcas de luxo. Assim, foram vendidas a Jaguar, Land Rover, Aston Martin, desativada a divisão Mercury da própria Ford e a Volvo, comercializada recentemente para a Zhejiang Geely Holding Group Co., da China, por 1.3 bilhão de dólares.

Esse processo resultou na eliminação de 61 modelos. Atualmente a Ford monta 36 tipos diferentes de automóveis, número que cairá para 32 depois da parada completa da Mercury, até o final de 2010.

Para Mulally, “é absolutamente claro que a empresa tem de ser simplificada de forma drástica”. A simplificação da empresa, que se traduz num cada vez menor número de modelos produzidos, segundo Alan Mulally, “ajudará os distribuidores Ford, fornecedores, funcionários e consumidores que saberão exatamente quais produtos da marca estarão disponíveis no mercado”.

Questionado pela imprensa, após sua palestra, Mulally explicou sua programação futura de ter menos de 30 modelos a caminho dos 25 ou até 20, o que, segundo o executivo, trará uma enorme economia de custos, tendo em vista que o plano é desenvolver uma logística de carros globais com grande intercâmbio de peças, além de modelos híbridos sempre envolvendo tecnologias limpas, de baixas emissões de CO2, para contribuir com a preservação do meio ambiente.

Além disso, o projeto de introduzir carros pequenos nos Estados Unidos já demonstra o quanto o plano do presidente roda no caminho certo, tendo em vista a grande aceitação do Fiesta naquele País. Esse comportamento do mercado indica um futuro promissor para os carros e motores menores, menos poluentes, econômicos, confortáveis, com vasta tecnologia embarcada e com bom desempenho.

Alan Mulally também enfatizou, em sua palestra, na reunião da CBI (Confederation of British Industry), entidade que congrega 240 mil empresas e que, juntas, empregam cerca de um terço dos trabalhadores do Reino Unido, o valor e a importância do mercado britânico para a Ford já que um terço dos carros da marca americana, em todo o mundo, são movidos por motores fabricados e projetados na Grã-Bretanha.

Além disso, no Reino Unido, a Ford lidera as vendas há 33 anos e garante o posto de segundo maior mercado da empresa fora dos Estados Unidos.

Por último, Mulally destacou que a Ford comemora, em 2011, o primeiro centenário de produção no Reino Unido onde tem plantas em Bridgend (País de Gales), Dagenham (fábrica de motores Diesel), Dunton e Southampton e anunciou um novo investimento para a produção de motores de baixas emissões, que consumirá 1,5 bilhão de Libras durante os próximos cinco anos.

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