Visando o crescimento do mercado interno de utilitários esportivos, a Kia apresentou ontem (19) o novo Sorento (veja matéria), o carro tem o objetivo de aumentar a participação da empresa no segmento, que hoje corresponde 6,2% das vendas totais. Segundo Ari Jorge Ribeiro, diretor de vendas da Kia, “os modelos da categoria médios, na qual se encaixa o Sorento, devem somar 18 mil unidades este ano, pretendemos vender cerca de 4,2 mil unidades, obtendo uma participação de 23%”.
Além do Sorento, a Kia vai lançar mais cinco carros esse ano para alcançar a meta de 1,8% de participação num mercado de 3,4 milhões de unidades. Isso significa um aumento de vendas em torno de 100% em relação ao ano passado, quando foram vendidas 26 mil unidades. A projeção para este ano é vender 57 mil carros.
Nos quatro primeiros meses desse ano a Kia vendeu no Brasil 16.165 mil veículos, que representou um crescimento de 213,5% sobre o mesmo período do ano passado.
Em julho chega o Bongo, produzido no Uruguai. Para José Luiz Gandini, presidente da empresa, “infelizmente a produção inicial do Uruguai mal vai atender as necessidade do mercado brasileiro. Neste momento não teremos condição de enviar o Bongo para outros países do Mercosul, para isso seria necessária a implementação de um segundo turno na fábrica”.
Os outros lançamentos estão previstos para o segundo semestre. Em agosto chega o Koup, versão cupê do Cerato; em setembro o Cadenza, um sedã médio que já está em fase de homologação. Em outubro no Salão do Automóvel, a empresa vai apresentar novo Sportage e a versão flex do Soul. No fim do ano, em dezembro, chega o Cerato hatch, primeiro compacto da empresa no Brasil.
Para 2011 estão marcados mais três lançamentos, um deles é o Magentis, a versão remodelada do Oprus na mesma plataforma do Azera. A Kia vai ampliar a rede de revendas para atender esse crescimento.
Sobre a construção de uma fábrica no Brasil, Gandini não faz promessa, pelo menos por enquanto. “Para se construir uma fábrica é preciso um investimento muito alto e uma produção de 100 mil carros por ano; por enquanto é mais viável continuar trazendo os carros da Coreia e pagar a taxa de importação”.