A proposta da Land Rover é vender neste ano, no Brasil, 5,2 mil unidades. Isto significa um aumento de cerca de 60% nas vendas. É um número astronômico se comparado com as previsões da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores e da Fenabrave – Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos que calculam um crescimento entre 6% e 9% do mercado nacional.
Esta previsão da Land Rover não se dá apenas porque o brasileiro resolveu comprar este tipo de carro. Alguns fatores levam a estes números, sendo um deles o baixo desempenho no ano passado, mas também o aumento de concessionárias já instaladas e que devem se instalar até o fim do ano.
Luiz Tambor, Diretor de Marketing e Vendas da Land Rover no Brasil, explica que “tivemos um ano muito difícil em 2009, pois os nossos carros não foram beneficiados com a redução do IPI, pois não temos veículos com motorização abaixo de 2.0. Mas neste ano estamos recuperando as vendas e já estamos até com dificuldades, em alguns lugares, de atender os clientes dentro do prazo.”
No dia 5 a Land Rover deu início a uma série de encontros com imprensa, concessionários e clientes para comemorar os quarenta anos da empresa. É um evento mundial que acontece simultaneamente em outros países. No Brasil a comemoração está sendo feita também com a participação de pessoas da América Latina.
Como ponto positivo para se comemorar está o fato do Brasil passar de 13º lugar para 11º no ranking dos países onde a empresa está presente. Até o ano passado, o mercado brasileiro representava 2,2% do volume de venda da empresa e neste ano, fechado o primeiro trimestre, já está com 2,5% de participação.
Na região que compreende as américas Central e do Sul, a Land Rover não tem representação em Cuba, Bolívia, Venezuela e nas guianas. Nos demais países, o México e a América Central têm participação de 58% das vendas, enquanto que a América do Sul é responsável por 25% e o Caribe 17% do que é vendido nesta região.
Para comemorar a data e o crescimento nas vendas, foi apresentada a nova linha dos modelos da Land Rover. Todos os modelos estão com novos motores, mais potentes e com menor consumo. No caso da Discovery 4, há o motor 3.0 diesel biturbo, que está 29% mais potente do que seu antecessor, com 245 cv. A versão com motor 5.0 a gasolina aspirado tem potência 25% superior à versão anterior e tem 375 cv. O carro ganhou também nova transmissão que dá 10% mais agilidade na hora de troca de marcha. A suspensão também é nova.
O Ranger Rover Sport não vem mais com o seu motor 2.7. Agora está equipado com o 3.0 diesel e também com o 5.0 a gasolina superchargerd, que está 31% mais potente do que o anterior, gerando 510 cv, e 7% mais econômico.
O Ranger Rover Vogue, topo de linha da marca no Brasil, pode ser comprado com o motor 3.6 diesel ou com o 5.0 a gasolina superchargerd. O interior de todas as versões está modificado, com um alto grau de requinte, principalmente do Ranger Rover Vogue, que tem como destaque a tela dua view instalada no painel, que dá duas informações. Uma para o motorista, mostrando dados importantes para quem dirige enquanto o passageiro pode estar assistindo a um filme. De acordo com a posição da pessoa, ela vê uma imagem.
Com os novos modelos e a expectativa de crescimento, a Land Rover aposta na escolha dos importados por parte dos brasileiros. É claro que os seus carros são para uma elite privilegiada, já que os carros custam de R$ 116 mil a R$ 400 mil. Mas Tambor fala com otimismo que neste primeiro trimestre os importados cresceram 36% enquanto o mercado teve um crescimento de 16,9% em se tratando de carros e comerciais leves. Comparando as vendas da marca, nestes três primeiros meses foram vendidas 1.184 unidades enquanto que em 2009 as vendas foram de 762 veículos. Março teve uma venda de 565 carros, um recorde para a Land Rover no Brasil.
Produto a Land Rover tem, falta agora chegar até os compradores. Hoje a empresa tem 29 concessionárias espalhadas pelo Brasil, mas até o primeiro semestre do próximo ano a previsão é que haverá 35 pontos de vendas, com toda assistência técnica necessária.