Dados preliminares demonstram que os emplacamentos de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos, implementos rodoviários e outros meios de transporte) cresceram 29,86% de fevereiro para março (até o dia 29), saltando de 349.433 unidades negociadas para 453.780 unidades. Projetando os dois últimos dias úteis do mês, a evolução pode ser ainda maior. Segundo as estimativas da Fenabrave - Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores -, o setor deverá negociar, no total, 508.593 unidades, o que demonstra crescimento de 45,55%. No acumulado, o crescimento global foi de 8,3% no trimestre.
“Segundo as nossas projeções, será o melhor mês da história para os segmentos de automóveis, comerciais leves e caminhões, mostrando que o governo acertou ao reduzir a alíquota do IPI para os veículos e também a redução significativa do custo do FINAME/BNDES para caminhões”, afirmou Sérgio Reze, presidente da Fenabrave. Segundo Reze, além desse benefício concedido pelo governo federal, a oferta de crédito também foi fundamental para estimular as vendas do setor.
Para o presidente da Fenabrave, a volta do IPI aos patamares originais não deve alterar significativamente os resultados esperados para o setor em 2010, quando a entidade projeta crescimento linear de 8,8% para todos os segmentos somados. “A economia está indo muito bem, o crédito continua disponível e a manutenção e geração de empregos devem garantir um desempenho positivo para este ano”, avalia Reze.
Até o dia 29 de março, a alta registrada no setor de automóveis e comerciais leves foi de 34,70% em relação a fevereiro. Foram vendidas 284.712 unidades, contra 211.371 unidades, respectivamente. Estimando os dois últimos dias úteis de março, a evolução chega a 52,59%, com 322.538 unidades comercializadas.
O segmento de motocicletas teve aumento de 32,9% em março, e de 15,34% se considerado o acumulado deste ano.
Sobre as projeções para 2010, por segmento, a Fenabrave ajustou suas estimativas e as tendências do setor apontam para um crescimento de 6,5% para automóveis e comerciais leves; aumento de 35,8% para caminhões; 17,2% para ônibus; 10,1% para motocicletas e 28,2% para implementos rodoviários, resultando num total geral de 8,8%.