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Amarok é lançada na Argentina, mas só deve chegar ao mercado em março

09/02/2010 - 16:03 - Redação

Com a apresentação à imprensa especializada da América Latinha, inclusive o Brasil, da nova Amarok, na Argentina, a Volkswagen dá início à fase de lançamento comercial da picape. Mas a primeira caminhonete da Vw, e totalmente nova, só deve chegar ao mercado no mês de março, de acordo com informações de alguns concessionários da marca. Conforme material divulgado pela montadora, o motor TDI biturbo de última geração com sistema de injeção direta de combustível, estabelece novos padrões no que se refere ao consumo. Quanto à segurança, bem como ao conforto, a nova picape apresenta níveis até agora só encontrados em automóveis de passageiros.

Para conceber o utilitário dentro das ‘exigências’ do nicho, a VW fez a ‘lição de casa’ direitinho. De acordo com a montadora, cerca de 70% das picapes médias vendidas por aqui são equipadas com motores a diesel, 85% das unidades têm cabine dupla e 62% desses utilitários possuem sistemas de tração 4X4. A partir dessas premissas, a versão que será vendida no mercado brasileiro ganhou corpo. De início, apenas a configuração ‘topo de linha’, chamada pelo sufixo Highline, será oferecida. O modelo de cabine dupla é equipado com o moderno motor 2.0 TDI biturbo e dotado do sistema de tração integral não permanente 4Motion.

Esse é o conjunto feito para competir em igualdade com os três principais rivais do segmento: Toyota Hilux, Mitsubishi L200 Triton e Nissan Frontier. Só que a Volkswagen quer ‘abocanhar’ de imediato uma polpuda fatia desse mercado. Por isso, além das características tidas como básicas, a Amarok também virá preparada para oferecer um desempenho fora-de-estrada de primeira classe. A versão Highline terá de fábrica quase uma dezena de recursos eletrônicos instalados especificamente para o uso ‘off-road’. O sistema de freios com ABS, por exemplo, tem função com configuração específica para os passeios na lama.

Muitas das tecnologias utilizadas na Amarok são absolutamente novas no segmento das picapes médias como, por exemplo, a tecnologia biturbo, que hoje no Brasil só é utilizada na importada Dodge Ram 2500.

O conceito e o estilo da Amarok são nitidamente marcados pelo novo DNA de design da Volkswagen, refletido, sobretudo, no destaque das linhas horizontais, na clara definição das superfícies da carroceria e na alta precisão na montagem. O conjunto composto pelos faróis horizontais e a grade do radiador, com aletas e frisos decorativos, é uma das características mais marcantes da picape. Os vidros laterais são envolvidos por uma linha que começa na parte frontal e passa pelos contornos dos para-lamas. A convexidade bem pronunciada das áreas laterais e do capô reforçam o aspecto de robustez típico das pick-ups.

Na parte traseira, se destaca o emblema da VW, colocado na porta da caçamba totalmente lisa, emoldurada pelos grupos ópticos com design noturno inconfundível. Em detalhes como estes se percebe o esforço de toda a equipe de desenvolvimento para identificar claramente a Amarok como um verdadeiro Volkswagen ante seus concorrentes, através da qualidade superior e do design elegante.

Na lama, mas com conforto

Mas mais do que dar à picape média uma desenvoltura aventureira robusta, a Volkswagen também se preocupou em fazer um interior confortável, que transmitisse refino e o aconchego dos carros de passeio e utilitários esportivos. Na única versão disponível de início, os bancos são revestidos em couro, há detalhes em alumínio acetinado no painel e no forro das portas e os plásticos rígidos têm texturas agradáveis aos olhos e ao tato. Os encaixes são precisos, como manda o padrão germânico. O habitáculo disponibiliza ainda uma série de porta-objetos.

Para o conforto dos passageiros, a Amarok disponibiliza ainda ar-condicionado de duas zonas, direção hidráulica, trio elétrico, computador de bordo e sistema de som sofisticado, com rádio/CD, leitor de MP3, disqueteira para seis CDs, conexão Bluetooth para celulares e uma tela de cristal líquido sensível ao toque, que permite controlar também o sistema de ventilação do ar-condicionado. Entre os itens de segurança instalados de série, há duplo airbag frontal e freios com ABS com dois modos, distribuidor eletrônico de frenagem EBD e assistente de frenagem de emergência BAS.

Opcionais

Durante o teste lançamento, foi possível avaliar todo o aparato tecnológico instalado na Amarok. A picape média enfrentou diversos obstáculos de grande dificuldade, atravessou riachos e mostrou estar 100% apta a aventuras selvagens. O grande ‘truque’ para tais façanhas pode ser atribuído ao sistema de tração 4Motion. Além da tração traseira, indicada para rodar em cidades e rodovias e que oferece menor consumo de combustível, o sistema também possui os modos 4X4 integral e 4X4 com reduzida – este específico para situações de ‘off-road’ severas, quando o veículo necessita de todo o torque do motor.

Só que o sistema de tração, que também conta com bloqueio do diferencial traseiro, também é vinculado a uma série de dispositivos. São eles os controles eletrônicos de estabilidade e de tração e os assistentes para aclives (HSA) e declives (HSD), que mantém os freios acionados em ladeiras por cerca de dois segundos, para que o veículo fique parado enquanto o motorista tira o pé do freio para pressionar o pedal do acelerador. E estes recursos serão opcionais, junto com o conjunto de rodas de liga leve de 19 polegadas, que podem substituir as de aro 18 oferecidas de fábrica. A Volkswagen só vai divulgar os preços da picape e opcionais perto do início das vendas, que estão previstar para final de março.

Mecânica

O motor 2.0 litros de quatro cilindros em linha e 16 válvulas parece compacto para um veículo de dimensões tão avantajadas. Mas os dois turbocompressores que sobrealimentam o bloco fazem os números de potência e torque renderem o suficiente para não faltar força à picape. O propulsor diesel produz 163 cv aos 4.000 rpm e um torque ‘parrudo’ de 40,8 kgfm, disponível por inteiro dos 1.500 giros aos 2.000 rpm. O gerenciamento da energia é feito por um câmbio manual de seis velocidades, com as duas últimas marchas atuando como ‘overdrive’, para garantir menor consumo.

O motor trabalha a maior parte do tempo em regime baixo de giros, já que o pequeno visor do computador de bordo indica no canto superior direito o momento correto de trocar de marcha. Com essa tática do ‘downsizing’, a Volkswagen diz que seu novo utilitário é capaz de rodar até 13,3 km com apenas um litro de combustível.

Mas a história da Amarok, que significa ‘lobo’ na língua dos inuit, povo que vive na Groelândia e no norte do Canadá, está apenas começando. A picape média ainda terá versões com câmbio automático, motorização flex, um bloco 2.0 TDI menos potente e carroceria cabine simples – esta última confirmada para o primeiro semestre de 2011. Ainda assim, como em todos os segmentos, o que também deve influenciar nas vendas do utilitário será o preço final. Os rivais em versões equivalentes atingem os quase R$ 120 mil. A Volks deve posicionar seu modelo por ali. Ao mesmo tempo, a marca não tem a tradição no segmento, apesar de suas sofisticações. A disputa promete.

Ficha técnica VOLKSWAGEN AMAROK HIGHLINE 2.0 TDI

Motor Dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, comando duplo (DOHC), injeção direta common rail, diesel
Cilindrada (cm³) 1.968
Potência (cv) 163 a 4.000 rpm
Torque (kgfm) 40,8 de 1.500 rpm a 2.000 rpm
Taxa de compressão 16,5:1
Câmbio Manual, de seis marchas
Comprimento (m) 5,25
Largura (m) 1,95
Altura (m) 1,83
Entre-eixo (m) 3,09
Caçamba (l) Não divulgado.
Capacidade de carga (kg) 1.047
Suspensão Independente com braços sobrepostos, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos na dianteira, e interdependente por feixe de molas elípticas na traseira.
Freios Discos ventilados, na dianteira, e tambores atrás.
Tanque (l) 80
Aceleração de 0 (zero) a 100 km/h (s) 11,1 (A)
Velocidade final (km/h) 181
Preço (R$) Não divulgado

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