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Lobo em pele de cordeiro: confira o video dessa máquina

27/07/2007 - 13:08 - Mário Salgado - Redação ShopcarNews Quem vê esse bonito Opala laranjado pode até pensar que ele é só mais um carro antigo bem conservado. Ledo engano!!!!!!!! Do original modelo Deluxo 1972, o proprietário resolveu dar uma apimentada em toda a parte mecânica e transforma-lo num SS. Com isso, esse lendário modelo da indústria automobilística nacional, ficou com absurdos 400 cavalos de força. Não consegue imaginar do que o Opala é capaz? Assista ao vídeo para entender melhor do estamos falando.

Interior

A parte de lataria e interior está toda original. Para os fãs do antigomobilismo esse Opala é uma verdadeira jóia sobre rodas. Os bancos, forro das portas e todos os detalhes do carro foram mantidos. Só dá para perceber que ele tem alguma coisa diferente quando se vê o conta-giros com shift light atrás do volante. No console central ainda existem os relógios de pressão do óleo, temperatura e pressão da bomba de combustível.

Mecânica

Agora, o que realmente chama atenção nesse carro é o conjunto mecânico. Ao girar a chave é possível sentir pelo balanço do carro que alguma coisa está bem diferente do motor 4100 original. O propulsor, preparado na Mecânica Segantini - empresa de Curitiba especializada em fuçar motores 6 cilindros - manteve o mesmo bloco e ganhou pistões de 4 polegadas, cabeçote recheado de peças esportivas importadas e 3 Weber 44 no sistema de alimentação. Além disso, foram instaladas uma bobina de ignição importada de alta performance e uma bomba de combustível elétrica.

Com tudo isso, o Opalão despeja nas rodas nada menos que 400 cavalos de força quando preparado para as pistas. Mas, como o proprietário da máquina gosta de passear com o carro na rua, no dia do nosso teste, ele estava somente com 350 HP. E para que toda essa força chega até as rodas, o câmbio é de Dodge Charger RT 4 marchas, kits de embreagem com disco de cerâmica e o diferencial é de Ford Maverick 4 cilindros. Mas um bom preparador que se preze, também pensa na segurança. Por isso, esse carro usa o sistema de freio do Diplomata 1992, com disco nas 4 rodas.

Ao volante

Eu até que me aventurei em pilotar essa máquina, mas, a todo momento, era possível perceber que ele não é para qualquer um não. E tudo bem que o carro é um colírio para os olhos dos fãs do antigomobilismo, já que está em seu segundo dono, tem nota fiscal e manual do proprietário originais, mas que é bem melhor ouvir o ronco desse motorzão e ver do que ele é capaz, ahhh isso é!!!!!!!!

História do Opala no Brasil

Em 23 de novembro de 1966, uma coletiva de imprensa realizada no Clube Atlético Paulistano, na cidade de São Paulo, a General Motors anunciava o inicio do projeto 676, a semente futura do Opala. Seu projeto demorou cerca de dois anos, sendo finalmente apresentado no salão do automóvel de São Paulo no dia 19 de novembro de 1968. A carroceria teve por base o modelo alemão Opel Rekord C de 1966, passando por diversas modificações ao longo de seus 24 anos de produção contínua. Foram oferecidas duas opções de motores para a linha Opala: o 2,5 L (153 pol3, 2 anos depois substituído pelo de 151 pol3) de quatro cilindros e o 3,8 L (230 pol3) de seis cilindros, posteriormente substituído pelo lendário 4.1 (250 pol3).

Em 1970, o Opala SS (de separated seats - assentos dianteiros individuais) com o motor de 4,1 L de seis cilindros, tornava-se o carro brasileiro mais rápido na sua época desde o lançamento da linha, em 1969, até a produção do Ford Maverick, que passou a ser o mais rápido (após seu lançamento pela Ford em 1973). Esta versão SS foi oferecida também com 4 portas, somente em 1971. Posteriormente, ganhou opção de motor 4 cilindros, e durou até 1982, quando já tinha perdido grande parte de sua caracterização esportiva.

Em 1975 a linha Opala ganhou a versão Station Wagon com a Caravan. Foram produzidas algumas miniaturas quando do lançamento do Opala, não sendo mais produzidas desde então. Por isso são muito raras e as poucas existentes estão em mãos de colecionadores.

Uma série limitada especial, do encerramento da produção do Opala,idealizada por Luiz Cezar Thomaz Fanfa, foi batizada Diplomata Collectors. Os últimos 100 Opalas produzidos levam este nome e traziam uma fita de vídeo sobre a história do opala e chaves douradas, por exemplo.

O último ano de produção do Opala foi 1992, quando foi produzido o Opala de número 1 milhão, Opala esse que está em posse da Chevrolet no acervo da empresa, atualmente exposto no Museu da Tecnologia da ULBRA em Canoas, Rio Grande do Sul. A partir daí, o Opala teve como sucessor o Chevrolet Omega.

O Opala é um veículo bastante luxuoso, e com sua mecânica extremamente confiável, ainda é, hoje, objeto de desejo de muitas pessoas, sendo um dos mais cultuados automóveis brasileiros.
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