Grande parte da imprensa automobilística vem repudiando a onda retrô, por não significar nada de novo. Alguns produtos realmente apelam apenas para o público leigo (como os novos Fusca e T-bird), provocando nostalgia e nada mais. Só que não é o caso do Ford GT.
Todos perceberam que o carro é muito parecido com o GT 40 original. O que é quase impossível de perceber é que ele na realidade é totalmente diferente, principalmente porque não existe apenas um GT 40 original.
E o novo carro é com certeza o mais belo, apesar de, à primeira vista, muitos considerarem mera cópia de um carro antigo. Todas as dimensões são diferentes: o novo é mais alto, longo e largo, mas tudo que um GT 40 deve ter está presente.
O conceito básico continua o mesmo: dois lugares, motor Ford V8 do Mustang em posição central-traseira. Só que hoje isso significa bloco totalmente em alumínio, duplo comando nos cabeçotes e quatro válvulas por cilindro. A capacidade foi aumentada para 5,4 litros (como outras versões desse motor modular), cárter seco e até compressor mecânico tipo Roots supercharger.
O resultado são 500 cv a 5.250 rpm e 69 m.kgf de torque a 3.250 rpm. Acoplado a ele, uma transmissão manual de seis marchas.
A suspensão por braços desiguais sobrepostos e amortecedores horizontais nos quatro cantos, os enormes freios a disco ventilados e as rodas de aro 18 e 19 (frente/traseira) completam o conjunto básico de supercarro, no qual o GT 40 original foi pioneiro.