As vendas de carros em junho pelas montadoras instaladas no Brasil somaram o recorde de 300,2 mil unidades, 17,2% superior ao registrado em igual período de 2008 e 21,5% maior que o resultado de maio - mantendo a tendência de crescimento dos meses anteriores e impulsionadas por uma antecipação de compras antes da renovação no desconto do IPI para o setor, segundo informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
“A venda de carro novo continua impulsionada pelo IPI. O Governo ao prorrogar a decisão de redução do IPI, insiste na ideia de que isso ficará para sempre. Porém, isso vai mexer com a motivação das pessoas na hora de comprar o carro por dois motivos. O primeiro é que o consumidor ao ter a certeza que a redução do IPI será mantida, começa a protelar sua decisão de adquirir um bem. Já a outra razão da motivação cair é que começam a serem lançados os modelos 2010. E esses modelos devem vir mais caros. Vale destacar que o sucesso do carro novo não gera o mesmo resultado nas vendas dos automóveis seminovos. Além disso, também não atenua um problema significativo que é a busca e a apreensão de carros feita pelos bancos e financiadoras. No conjunto, o crescimento nas vendas dos carros novos gera um alargamento. Porém, observamos um preocupante crescimento no volume de carros seminovos. Esse grande volume gera um custo significativo, o que gera uma depreciação no valor do carro usado”, afirma Carlos Eduardo Stempniewski do curso de Administração das Faculdades Integradas Rio Branco.