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Bimota Tesi 2D

29/06/2007 - 19:37 - Redação

Na verdade, a história desta exótica moto começa em 1990, quando o jovem engenheiro da marca Pierluigi Marconi transformou sua tese na universidade em realidade, lançando o modelo Bimota Tesi 1D 900, com motor Ducati e suspensão dianteira inovadora. Em fins de 2004, a Bimota voltou ao tema, apresentando, no Salão de Munique, a segunda geração da Tesi, ainda mais alucinante.

O modelo nasceu por meio de uma cooperação com o estúdio VMD, comandado por um ex-colaborador da Bimota, Rodorigo Ascanio. Ele criou um protótipo semelhante, batizado de Vyrus, que acabou dando origem à nova Tesi 2D. A complexa concepção da suspensão dianteira foi mantida. A adoção de braços paralelos ao chão, eliminando os tubos tradicionais, criou uma curiosa sensação visual com a balança traseira semelhante à dianteira, ficando a “dúvida” se a moto estaria indo, ou voltando.

Obra de arte

O sistema de suspensão foi desenvolvido nas pistas e tem curso de 120 mm e amortecimento a ar comprimido, permitindo amplas regulagens, que incluem a altura, angulação e carga. Outra inovação é a posição das pinças (Brembo com 4 pistões) dos discos de freios dianteiros: ficam em baixo, reduzindo o centro de gravidade.

A falta de carenagem é proposital, para expor toda a mecânica da Bimota Tesi 2D. O quadro é outra obra de arte. Extremamente compacto, esta estrutura é fundida em alumínio, em forma de arco, lembrando o formato da letra Omega. Sua arquitetura, de dimensões bastante reduzidas, proporciona agilidade e a vantagem de um peso espantosamente baixo para um modelo de 1.000 cm³: a moto tem apenas 149 quilos a seco, justificando o exotismo. Os escapes também são bem diferentes, como uma espécie de limpa-trilhos, e ficam sob a moto, em virtude da falta de espaço.

Coração

O motor da Bimota Tesi 2D é Ducati (“2” de segunda geração e “D” de Ducati), de dois cilindros com inclinação de 90 graus, com 991 cm³, refrigeração a ar e óleo, duas válvulas por cilindro, comando desmodrômico e injeção eletrônica de combustível. Com 85,5 cv de potência máxima a 8.000 rpm, o propulsor foi herdado do modelo Monster 1000. O câmbio tem seis marchas. A angulação de encaixe do motor é levemente diferente em relação àquela adotada nas Ducati, em função do chassi, que utiliza partes do motor como fixação.

O visual se destaca pela ausência de carenagens, o que expõe propositalmente toda a sua nudez e complexidade mecânica. A moto chama mais a atenção do que um trio elétrico. O farol tem formato geométrico, lâmpadas empilhadas e fica dentro de uma mini bolha, que também abriga o painel. Nas laterais, existem tomadas de ar para pressurizar a caixa do filtro de ar. Entretanto, a Bimota Tesi 2D só tem lugar para o piloto. Quem quiser levar o modelo, vai ter que entrar na fila e desembolsar (na Itália), a bagatela de 40,7 mil euros. A sua motorização é Ducati, a mesma da DS 1000.

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