Foi apresentado em Chicago, nos EUA, o único carro, até hoje, construído e pensado especificamente para a polícia. Ainda chamado por seu nome de desenvolvimento (o definitivo será escolhido por uma eleição entre os policiais norte-americanos), o Carbon Motors E7 promete passar por outras oito cidades dos EUA em busca de clientes: San Diego, San Francisco, San Jose, Indianapolis, Columbus, Tampa, Jacksonville e Greenville.
O carro foi a peça central do evento "2008 Pure Justice Tour", que a Carbon Motors montou para mostrar seu novo veículo a policiais dos EUA. A idéia é mostrar o quanto o sedã de 5,08 de comprimento, 1,98 m de largura, 1,63 m de altura, 3,10 m de entreeixos e 1.800 kg de peso (mesmo com estrutura de alumínio) é superior aos modificados.
Curiosamente, apesar de voltado aos EUA, o E7 tem um motor 3-litros (possivelmente um seis-cilindros em linha) turbodiesel. Capaz de gerar 300 cv e 356 Nm de torque (dado que deve estar errado, considerando que motores a diesel são bem mais torcudos que isso), o motorzão levará o E7 à máxima de 250 km/h e a 96 km/h, partindo do 0, em 6,5 s. A economia divulgada para o carro, em ciclo misto, é de 12,75 km/l. Pode ser o jeito mais fácil de convencer os norte-americanos sobre as atuais vantagens dos motores a diesel.
Carregado de sistemas de patrulhamento, como reconhecedores automáticos de placa, detectores de ameaças biológicas e radioativas, luzes de emergência integradas e até radar, o E7 tem outros dispositivos interessantes, como as portas traseiras suicidas, para facilitar o transporte dos suspeitos, e a capacidade de suportar a impactos de até 120 km/h na traseira, uma cutucada de leve nos Ford Crown Victoria, os preferidos dos guardas norte-americanos até começarem a pegar fogo depois de batidas no porta-malas. A preferência pelo Ford se dava pela tração traseira, algo que o E7 também oferece.
O único pênalti do E7 parece ser a blindagem, que é de nível NIJ Level III-A só nas portas dianteiras e no painel dianteiro, um erro. Blindagem segura, só a completa. É possível que a empresa tenha deixado de mencionar a blindagem nos vidros e no separador dos bancos traseiro e dianteiros. O que é certo é que o espaço reservado aos suspeitos está descoberto. Se vier bala, e se o suspeito for inocente, o azar é dele.
Os preços só serão divulgados nos próximos meses, assim como o local de fabricação do veículo, ainda não definido (o que levanta suspeitas se o projeto um dia sairá do papel ou não). O caso é que, se sair, ele deve ter preço próximo do dos veículos "paisanos" modificados para enfrentar o crime. E pensar que, enquanto isso, nossos policiais andam em carros populares...