O verão chegou! É a hora das tão sonhadas férias. Colocar a moto na estrada e rodar com segurança. Mas antes de qualquer coisa é imprescindível uma revisão preventiva em sua motocicleta, além de usar equipamentos de segurança adequados. Outra dica importante é definir rotas e destinos tendo como referência as condições das estradas. Assim sua viagem de férias será mais tranqüila. Para checar o estado de conservação das rodovias há dois caminhos. Primeiro: consultar o site do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), órgão do Ministério dos Transportes. A segunda opção é conferir a Pesquisa Rodoviária elaborada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Em ambos os casos é possível mapear as reais condições das rodovias.
No portal do DNIT - www.dnit.gov.br - é possível verificar as condições das estradas e calcular a distância entre duas cidades. No site o motociclista pode baixar mapas rodoviários, além de obter dicas de primeiros socorros.
Já a Pesquisa Rodoviária da CNT - www.cnt.org.br - avaliou 87.592 km de rodovias em todo país. Esta extensão abrange toda a malha rodoviária federal pavimentada e também os principais trechos sob gestão estadual e sob concessão. Foram analisados o estado geral de conservação, levando em consideração as condições do pavimento, sinalização e geometria da via. Também foi realizado um levantamento das infra-estruturas de apoio como, por exemplo, a presença de borracharias, praças de pedágio, balanças, postos da Polícia Rodoviária.
Dos 87.592 km percorridos pelas equipes da CNT em 2007, 26,1% (22.893 km) foram avaliadas positivamente. Já 73,9% (64.699 km) apresentaram algum tipo de deficiência. Ou seja, da malha nacional 10,5% (9.211 km) obtiveram classificação ótimo; 15,6% (13.682 km) bom; 40,8% (35.710 km) regular; 22,1% (19.397 km) ruim e 11,0% (9.592 km) péssimo.
Cuidados básicos
Para viajar com maior segurança, a moto deve estar revisada e com os pneus calibrados. Além disso, seja visto. Nunca trafegue pelo corredor. Cuidado com os “pontos cegos” de carros e caminhões. Fique atento ao ultrapassar grandes carretas. O deslocamento de ar gerado em altas velocidades pode desestabilizar a moto. Na estrada a motocicleta deve ocupar o espaço do carro. Viaje com o farol sempre aceso e nunca pare no acostamento. Pare em um posto de gasolina, nos praças de atendimento das concessionárias ou nos postos das polícias rodoviária Federal ou Estadual.
Não viaje à noite. Prefira sair bem cedo. Ao amanhecer o corpo está descansado e os reflexos apurados. Assim a viagem renderá mais. Não almoço, procure ingerir alimentos. Não esqueça de se hidratar. Além disso, use equipamentos de proteção: luvas, jaqueta, calça, botas e capacete fechado. Pense no seu conforto, mas também em sua segurança. Lembre-se, o motociclista é mais vulnerável. O piloto não tem uma carroçaria a sua volta para lhe proteger. Por isso encare a compra de equipamentos como um investimento (em segurança) e não como um gasto.
Para Antonio Baccaro Jr, inspetor da Polícia Rodoviária Federal, o motociclista deve rodar na estrada com segurança e responsabilidade, observando os limites de quilometragem. “Em uma viagem em grupo, aumente a distância da moto que está em sua frente. Em caso de chuva, reduza a velocidade”, explica o policial rodoviário.