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Conheça as novas superesportivas que chegam ao Brasil

19/09/2019 - 10:17 - Arthur Caldeira / Agência INFOMOTO - FOTOS: Divulgação

Os fás de motos superesportivas têm motivos para comemorar. Neste segundo semestre, quatro novidades do segmento desembarcam no Brasil. Honda CBR 1000RR e Kawasaki Ninja ZX-10R SE receberam atualizações importantes, mas os destaques vão para a Ducati Panigale V4S e BMW S 1000RR que fazem sua estreia no País.

Os modelos foram apresentados no Festival Duas Rodas, que aconteceu no autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP), entre 29 de agosto e 1º de setembro. Conheça os detalhes dessas novidades com mais de duas centenas de cavalos de potência em seus motores de quatro cilindros.

Ducati Panigale V4S

Primeira superesportiva de série da Ducati equipada com motor de quatro cilindros, a nova Panigale V4 chega ao País em sua versão mais esportiva, a "S". Além de rodas de alumínio forjadas e uma bateria de íons de lítio, o que faz o peso dela ser menor do que a versão standard, a V4 S ainda conta com suspensões eletrônicas Öhlins de última geração.

Mas o destaque mesmo fica por conta do motor, que herda a arquitetura de quatro cilindros em “V” dispostos a 90° e o diâmetro de 81 mm dos pistões da Ducati de MotoGP. Mas ganhou um curso maior – 53,5 mm – para melhorar o torque em baixos e médios giros, além de ter sua rotação máxima reduzida de forma a tornar a potência mais “domável”.

Com 1.103 cm³ de capacidade, a Panigale V4 S entrega 214 cv de potência máxima a 13.000 rpm e 12,6 kgf.m de torque a 10.000 giros. Números que fazem dela a esportiva de série com a melhor relação peso/potência: 1,1 cv/kg, já que a V4 S pesa 195 kg em ordem de marcha.

Pacote eletrônico de última geração completa a ficha técnica da Panigale V4 S, que está sendo montada em Manaus (AM) e já está à venda, apenas na cor vermelha, por R$ 109.900.

BMW S 1000RR

A superesportiva BMW S 1000 RR foi completamente renovada para 2019. Apresentada no Salão de Milão do ano passado, o modelo ganhou um novo design e ficou mais leve e potente. Para atingir seu objetivo a fábrica alemã começou pelo coração da superesportiva. O motor de quatro cilindros em linha ficou quatro quilos mais leve e recebeu comando de válvulas variável. A potência aumentou 8 cv: a nova S 1000 RR oferece 207 cv de potência máxima a 13.500 rpm. O sistema de escapamento também é 1,3 kg mais leve.

Com novo quadro e suspensões, a esportiva "emagreceu" 11 kg: passou dos 208 kg da geração anterior para 197 kg no novo modelo. O quadro redesenhado tem o motor fazendo parte da estrutura e novas suspensões garantindo melhor maneabilidade na estrada e mais agilidade na pista, segundo a marca. A posição de pilotagem também foi melhorada para proporcionar mais esportividade, garantindo mais controle. O tanque estreito e um design claramente mais compacto completam a ciclística da nova S 1000 RR. O conjunto óptico manteve os dois faróis, mas abandonou o desenho assimétrico.

Um novo painel digital com tela de TFT e o que há de mais moderno em termos de tecnologia embarcada completam a lista de alterações na superesportiva da marca alemã, que foi mostrada pela primeira vez no Festival Duas Rodas, mas ainda não está à venda no país e nem teve seu preço definido. Segundo informações da BMW Brasil, a nova S 1000RR deve chegar às lojas até o final do ano.

Kawasaki Ninja ZX-10R SE

Outro modelo que já está à venda é a Ninja ZX-10R Special Edition 2020. A versão top de linha da superesportiva teve uma importante mudança no desempenho: a potência máxima passou de 210 cv para 213 cv a 13.500 rpm; e o torque máximo de 11,7 kgf.m agora é alcançado a 11.200 rpm (antes era a 11.500 rpm).

O principal fator que contribuiu para estes acréscimos foi uma mudança no sistema de ação das válvulas, entre outras atualizações. Projetado pelos engenheiros da Kawasaki do Campeonato Mundial de Superbike, o novo sistema de atuação da válvula é um exemplo de tecnologia que saiu das competições direto para uma moto de fabricação em série. Contribui para alcançar mais desempenho, bem como maior confiabilidade durante o funcionamento em alta rotação.

Outro destaque é o controle eletrônico de suspensão KECS (Kawasaki Electronic Control Suspension), desenvolvido recentemente pela marca, e que traz sensores e solenoides integrados às unidades de suspensão, garantindo que o sistema atue de maneira discreta e altamente eficiente. O peso do conjunto, entretanto, não mudou: 208 kg em ordem de marcha.

Além das atualizações no motor, a nova Ninja ZX-10R SE possui quick-shifter bidirecional, controle de tração, controle de largada, sistema de freios ABS Kawasaki, pintura de alta durabilidade e rodas forjadas Marchesini.

O modelo chega à rede de concessionárias da marca nessa cor cinza carbono com detalhes em verde pelo preço sugerido de R$ 95.990.

Honda CBR 1000RR

Atualizada pela Honda em 2019, a CBR 1000RR não sofreu mudanças no design e nem no motor, mas ganhou uma eletrônica mais refinada. Segundo a marca, as duas versões - standard e SP (acima) - agora têm o sistema de controle de empinadas (wheelie control) independente do HSTC, o controle de tração da marca. Isso permite ao piloto escolher um grau de ação baixo do controle de tração e selecionar o wheelie control mais apropriado, sem acontecer o levantamento exagerado da roda dianteira em aceleração.

O motor tetracilíndrico de exatos 999,8 cm³ tem potência máxima de 191,7 cv a 13.000 rpm, que é acompanhado de bons 11,82 kgf.m de torque a 11.000 rpm. O peso a seco mínimo é de 183 kg para a Fireblade e 182 kg para a versão SP – a diferença se dá em função do tanque de titânio na versão top de linha.

Outra novidade é que tanto a CBR 1000RR Fireblade quanto a CBR 1000RR Fireblade SP receberam uma alteração na versão 2019 que otimiza a ação do ABS em freadas extremas, reduzindo sua atuação e melhorando a estabilidade e performance. A superesportiva ainda conta com três modos de pilotagem pré-definidos e outros dois personalizáveis.

A Honda CBR 1000RR Fireblade tem preço público sugerido de R$ 71.390. Já a CBR 1000RR Fireblade SP, que se diferencia pela suspensão eletrônica, quick-shift e tanque de titânio, sai por R$ 81.590,00 (base Estado de São Paulo).

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