A nova geração da Kawasaki Versys 1000 chega às lojas da marca no Brasil em meados de julho com design renovado e mais tecnologia embarcada. A aventureira esportiva de quatro cilindros em linha será vendida em duas versões: Standard, com preço sugerido de R$ 55.490; e Grand Tour, por R$ 66.990. Ambas se diferenciam pelos equipamentos de série e nível de controles eletrônicos.
Visualmente, a Versys 1000 ganhou linhas mais angulosas, que reforçam a esportividade do modelo aventureiro. A carenagem frontal, que traz um para-brisa mais alto e com ajustes ao alcance da mão, lembra a roupagem dos modelos da família Ninja. O conjunto óptico duplo foi redesenhado e agora conta com dois faróis de LED.
Uma grande novidade, exclusiva da versão Gran Tourer, são os faróis direcionais, também de LED, localizados na carenagem lateral e que acendem conforme a moto se inclina nas curvas. A versão top de linha também vem de fábrica com malas laterais rígidas e top case.
Motor mais moderno
As atualizações e inovações da Versys 1000 começam pelo motor de quatro cilindros em linha de 1.043 cm³, que agora possui um sistema eletrônico de válvulas, piloto automático eletrônico (Electronic Cruise Control) e uma central inercial (IMU), que monitora os parâmetros do motor e do chassi ao longo da curva (desde a entrada, passando pela tangente até a saída), modulando a força de frenagem e a potência do motor.
Mas o desempenho não foi alterado. O tetracilíndrico ainda produz 120 cv de potência máxima a 9.000 rpm e 10,4 kgf.m de torque a 7.500 giros. Bons números para uma aventureira esportiva como a Versys 1000, mas abaixo das concorrentes, como a BMW S 1000 XR, que tem motor de quatro cilindros e 162 cv.
O câmbio de seis marchas conta com embreagem deslizante, e quick-shifter bidirecional de série, mas apenas na versão GT (Grand Tourer). A transmissão final é feita por corrente.
Eletrônica de superesportiva
Na parte eletrônica, a adoção da IMU é, sem dúvida, a principal novidade da Versys 1000. A unidade de medição inercial, normalmente adotada em motos superesportivas, permitiu que a Kawasaki instalasse tecnologia de última geração em sua aventureira esportiva.
Além de três modos de pilotagem, controle de tração e freios ABS, a marca japonesa adotou um sistema de gerenciamento de curvas, que atua sobre a aceleração, os freios e a suspensão (no caso da versão GT) permitindo ao piloto contornar curvas com mais segurança.
A suspensão eletrônica semi-ativa na Versys 1000 GT atua no garfo telescópico invertido, na dianteira, e no monoamortecedor traseiro. Pode-se ajustar a pré-carga da mola e uma central eletrônica ajusta a compressão e o retorno de acordo com as situações do piso.
Outra exclusividade da versão topo de linha é o painel colorido de TFT, que permite conexão com smartphones por meio de Bluetooth. A marca disponibiliza um aplicativo – disponível para iOS e Android – no qual é possível obter informações da moto, fazer ajustes no motor e suspensões, antes mesmo de sair rodando. O app, chamado de “Rideology”, ainda grava a rota de uma viagem ou passeio por meio de um GPS.
Mercado
Com a proposta de ser uma moto para longas viagens, preferencialmente por asfalto ou, no máximo, uma estrada de terra batida, a Kawasaki Versys 1000 (R$ 55.490) vai enfrentar uma forte concorrência no segmento de aventureiras esportivas. Embora seja mais cara, a versão Grand Tourer (R$ 66.990) vem bastante completa para quem vai fazer uma longa viagem e, segundo a Kawasaki, deve ser o modelo preferido pelo cliente.
Além da já citada BMW S 1000 XR, que tem quatro cilindros também, mas custa R$ 72.900, a Versys 1000 GT tem como concorrentes a bicilíndrica Ducati Multistrada 1260 S, cotada a R$ 87.900, e a tricilíndrica Triumph Tiger Sport 1050, vendida por R$ 55.990.