Mais recente lançamento da linha de clássicas modernas da Triumph, a nova Scrambler 1200 quer ser mais do que uma moto com visual “descolado”. O modelo foi projetado para ser uma aventureira com ciclística e equipamentos para encarar árduas e longas viagens. Além da robustez, a nova Scrambler conta com a força de um motor de dois cilindros e 1.200 cc que produz 90 cv de potência e muita eletrônica embarcada.
Para provar que a nova Scrambler 1200 é capaz de superar os desafios, a Triumph participará da prova de Baja “Norra Mexican 1000” com o piloto Ernie Vigil. Em quase 1.700 km pelo deserto ele estará comandando a Scrambler 1200 na versão XE mais focada para o off-road. Segundo a marca inglesa, a moto terá “poucas alterações” para encarar o desafio. Há também a versão XC que é mais “racional” e tem vocação mais on do que off-road.
A motorização de ambos os modelos é a mesma: um propulsor de dois cilindros paralelos de 1.200 cc. Com arrefecimento líquido, o motor atinge a potência máxima de 90 cv a 7.400 giros e seu torque máximo, de 11,21 kgf.m, está disponível em apenas 3.950 giros. Tal característica é garantia de força em baixos giros para superar obstáculos nos trechos de terra. Para não faltar motor no “estradão de areia”, basta o piloto usar bem o câmbio de seis marchas.
Ciclística robusta
Nas motos aventureiras um dos itens fundamentais, e mais exigidos, é o conjunto ciclístico que, na Scrambler 1200, está ancorado no quadro berço duplo de estrutura tubular em aço. A receita usada pela marca inglesa é bem interessante a começar pela roda dianteira de 21 polegadas (traseira de 17) que usam raios com fixação externa e são calçadas com pneus sem câmara. Para encarar os trechos mais “cascudos” a marca optou pelos pneus Metzeler Tourance, nas medidas 90/90, na dianteira, e 150/70, na traseira.
O conjunto de suspensão, fundamental para superar obstáculos, é um verdadeiro desfile de grifes. Na dianteira, está presente um garfo invertido Showa com regulagem total e 250 mm de curso. Na traseira, a dupla de amortecedores com reservatório a gás da marca Öhlins também oferece regulagem e 250 mm de curso na roda. Por falar em curso na traseira, a balança da versão XE em alumínio é mais longa (579 mm) para ajudar a manter a roda grudada no chão e oferecer mais tração.
O conjunto ciclístico é completado por dois discos de freio na dianteira (com 320 mm cada) que são “mordidos” por quatro pistões. Na traseira, o disco de 255 mm usa pinça de dois pistões. O sistema de freios ABS está presente e pode ter seu nível de atuação ajustado.
Estilosa
Sempre pronta para encarar um desafio a Triumph Scrambler 1200 XE é uma moto imponente. O banco reto, no estilo clássico, está a 87 cm do solo e a moto pesa 207 kg a seco. O tanque de combustível tem capacidade para 16 litros. Segundo o fabricante, o consumo médio é de 20 km/litro, o que projeta autonomia de 320 quilômetros.
Repleta de eletrônica, a nova Triumph Scrambler 1200 traz painel de instrumentos TFT, cinco modos de pilotagem, acelerador eletrônico, controle de tração, tomada UBS e até um controle para câmera GoPro, entre outros gadgets que costumam fazer a cabeça dos motociclistas “descolados”, o público-alvo das novas clássicas.
As duas versões da Scrambler 1200, XC e XE, deverão chegar ao Brasil no segundo semestre. Pioneira, a nova clássica não tem concorrentes diretas. Assim como todos os desbravadores seu sucesso dependerá do preço e da aceitação do piloto aventureiro. A aposta da marca inglesa é que ele deixe de comprar uma big trail pura e opte pela novidade, que lembra mais uma moto feita sob encomenda do que um modelo de série.