Recheadas de tecnologia e com motores que produzem mais de 200 cavalos de potência, as motos superesportivas atuais já saem da loja quase prontas para a pista. Mas sempre é possível melhorar: ganhar uns cavalinhos a mais com um sistema de escapamento racing; aprimorar os freios com uma pinça monobloco ou ainda reduzir alguns quilos com peças de fibra de carbono.
Contrariando o ditado de que “em time que está ganhando não se mexe”, as fábricas sempre criam versões mais exclusivas de suas esportivas. Além de mais caras, essas motos têm produção limitada e são vendidas apenas para poucos. Algumas, somente para equipes de competição com chances reais de brigar pelo título nos mais diversos campeonatos de motovelocidade do planeta.
Conheça agora uma lista com cinco superesportivas exclusivas, limitadas e caras à venda em todo o mundo.
Aprilia RSV4 X
Para comemorar os 10 anos da superesportiva RSV4, a Aprilia lançou nesta semana a RSV4 X (10 em numeral romano), uma versão exclusiva e limitada do modelo, que nos inspirou a criar esta lista. Feita especialmente pela divisão de competições da fábrica italiana, serão produzidas apenas 10 unidades da RSV4 X, que serão vendidas por 39.900 euros (cerca de R$ 175 mil).
Os números de desempenho do seu motor V4 de 1.100 cc por si só justificam o preço elevado: com apenas 165 kg e mais de 225 cv de potência, a RSV4 X é uma das esportivas mais leves e potentes do mercado. Para chegar nesses números, a Aprilia Factory Works, a divisão de competição da marca, adotou uma carenagem de fibra de carbono, um tanque mais leve e diversos componentes de alumínio, como no manete de embreagem, protetor de motor, etc...
Equipada com o que há de mais moderno em termos de eletrônica embarcada, a RSV4 X ainda traz o mesmo sistema de ajuste das motos de competição com o simples apertar de um botão. A RSV4 X, que só será vendida online, para os 10 primeiros felizardos, ainda conta com uma caixa de marchas com o neutro abaixo da primeira marcha – dessa forma não há o risco de se engatar o neutro durante uma prova, ao passar de primeira para segunda marcha, por exemplo – e ainda é a primeira superbike equipada com pinças Brembo GP4-MS, feitas em alumínio.
Honda CBR 1000RR SP2
Se a CBR 1000RR SP já é uma versão especial da superesportiva de 1.000 cc da Honda, o que dizer da SP2? Produzida em série limitada a 500 unidades, a SP2 é a moto base para a equipe oficial Honda no Campeonato Mundial de Superbike. Embora as listras de fibra de carbono na pintura tricolor e as rodas forjadas Marchesini na cor dourada já diferenciarem a SP2 da versão de série, as grandes mudanças estão mesmo debaixo da carenagem.
As válvulas de admissão e exaustão são maiores e têm um ângulo diferente da moto de série e os pistões têm tratamento especial para suportar altas rotações. As velas de ignição alongadas e uma jaqueta de água enrolada em torno das câmaras de combustão melhoram o resfriamento; esta tecnologia é derivada diretamente da RC213V MotoGP da Honda.
Como se isso não fosse suficiente, a Honda Racing Corporation (HRC) também disponibiliza um kit racing com peças mais leves e um kit de escapamento racing para as equipes que puderem pagar pelo SP2. O preço sugerido é de 22.600 euros (cerca de R$ 115 mil).
Yamaha YZF-R1 GYTR “20th Anniversary”
Feita para comemorar os 20 anos da primeira R1, a versão especial da superesportiva da Yamaha esgotou-se em poucas horas. Também, foram produzidas apenas 20 unidades dessa versão de pista da R1 atual. Segundo a marca, a roupagem, que remete aos grafismos do modelo de 1998 e foi usado pela equipe GYTR Yamaha no Mundial de Endurance, não é o único item que deixa a superesportiva para competir.
Carenagens mais leves, suspensões Öhlins de última geração, freios Brembo e sistema de escapamento Akrapovic são alguns dos detalhes exclusivos dessa versão comemorativa de 20 anos. Banco de pista e diversos outros itens usados pela equipe Yamaha foram adotados no modelo.
Com preço sugerido de 39.500 euros (cerca de R$ 173 mil), a YZF-R1 GYTR “20th Anniversary” também foi vendida exclusivamente online em dezembro passado e as 20 unidades – uma para cada ano de existência da R1 – esgotaram-se em poucas horas. Agora se você quiser uma dessa rara e bela superesportiva produzida para a pista só se for usada.
Suzuki GSX-R 1000R Ryuyo
Também limitada a 20 unidades, a Suzuki GSX-R 1000R Ryuyo é uma versão extrema e feita para a pista da famosa superesportiva da marca japonesa. Mostrada no Salão de Milão 2018, a Ryuyo já está à venda online por 29.990 euros (em torno de R$ 131 mil).
Mais leve (168 kg a seco) que o modelo de série por usar carenagem integral feita em fibra de carbono e diversos componentes racing, a Ryuyo ainda conta com sistema de exaustão Yoshimura e diversos componentes que tunaram o motor de quatro cilindros que rende 212 cv de potência máxima.
Freios especiais Brembo, manetes de pista e acelerador rápido são algumas das características exclusivas dessa versão. Segundo a Suzuki, todas as mudanças e alterações na Ryuyo fazem dela a GSX-R 1000 mais rápida de todos os tempos. E aí, tem coragem para comprovar na pista?
Ducati Panigale V4R
Se você acompanha o Campeonato Mundial de Superbike sabe do que a nova Ducati Panigale V4R é capaz: o espanhol Alvaro Bautista tem vencido as corridas com até 14 segundos de vantagem para o segundo colocado. A Panigale V4R à disposição dos meros mortais por 39.990 euros (cerca de R$ 175 mil) não é tão preparada, mas é a base para a moto de Bautista.
Equipada com um motor de quatro cilindros em “V” e 998 cm³, derivado da MotoGP, a Panigale V4R em versão de rua produz 221 cv de potência máxima. Bastante, não? Mas ainda pode ser instalado um kit racing de escapamento que eleva a potência a 235 cv.
Há também um kit aerodinâmico que traz bolha, carenagem frontal e laterais mais largas, novas entradas de ar para ajudar no arrefecimento e inclui até mesmo as famosas “asas” laterais da carenagem que marcam as motos de corrida da Ducati. Suspensões top de linha, freios de competição, embreagem a seco e eletrônica de última geração fazem da Panigale V4R uma superbike à venda para o público. A mais acessível entre essas exclusivas superesportivas, pois para competir no Mundial de Superbike é preciso produzir ao menos 1.000 unidades em série, a Panigale V4R não deverá ser importada para o Brasil.