Finalmente a Royal Enfield lança a Himalayan no mercado brasileiro. A trail, esperada desde a entrada da marca oficialmente no País em 2017, chega às lojas agora em janeiro pelo preço sugerido de R$ 18.990. Importada como outros modelos da marca indiana, a Himalayan será vendida em duas opções de cores – branca e preta – com freios ABS de série e garantia de dois anos.
Com a proposta de ser uma moto versátil e acessível para quem quer viajar, a Royal Enfield acredita que a Himalayan deve atrair mais consumidores que os modelos clássicos comercializados atualmente e impulsionar as vendas no Brasil – em quase dois anos a marca vendeu cerca de 900 motocicletas na sua única concessionária na capital paulista. Além da chegada do novo modelo, o diretor de negócios internacionais da Royal, Arun Gopal, anunciou a expansão da rede de concessionárias e pontos de venda. “Até o final de 2019, pretendemos expandir nossas operações em todo o Brasil a partir das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste”, declarou Gopal. As cidades confirmadas para receber um ponto de venda, por enquanto, são Brasília (DF), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ).
A moto
A Himalayan é a primeira motocicleta da Royal Enfield projetada para rodar em qualquer terreno. Lançada no exterior em 2016, a trail foi projetada do “zero”. A começar pelo motor criado especificamente para o modelo: um monocilíndrico de 411 cm³, comando simples no cabeçote (SOHC) com arrefecimento a ar com auxílio de um radiador de óleo.
Seu desempenho é modesto. Produz 24,8 cv de potência máxima a 6.500 rpm, mas bons 3,26 kgf.m de torque máximo a 4.250 giros. O câmbio tem cinco marchas e a embreagem é deslizante. Segundo Anuj Dua, engenheiro do departamento de desenvolvimento de produto da marca indiana, o projeto privilegiou mais torque em baixos e médios regimes à potência em altos giros.
Construída sobre um chassi berço duplo de aço, a Himalayan tem garfo telescópico convencional com tubos de 41 mm na dianteira e curso de 200 mm; já na traseira, um monoamortecedor fixado por links com curso de 180 mm e ajuste na pré-carga da mola. O longo curso das suspensões reforça sua proposta de uso misto e proporciona bons 220 mm de distância livre do solo, o que ajuda a rodar no off-road.
As rodas raiadas de 21 polegadas, na frente, e 17, atrás, são calçadas com pneus de uso misto Pirelli MT 60 nas medidas 90/90-21 (diant.) e 120/90-17 (tras.). Apesar do longo curso das suspensões, a escolha de uma roda aro 17 na traseira deixou o assento a 800 mm do solo, o que faz da Himalayan uma moto acessível a diversos biótipos de pilotos.
Mas, por outro lado, seu peso de 191 kg em ordem de marcha denuncia uma moto “pesada”, seja para a potência comedida do motor como pelas suas dimensões. Ela tem 2,19 m de comprimento e 84 cm de largura. O tanque tem capacidade para 15 litros.
Os freios são a disco em ambas as rodas feitos pela ByBre, braço indiano da italiana Brembo. Na frente, um disco de 300 mm com pinça flutuante de dois pistões; e, atrás, disco com 240 mm de diâmetro e pinça flutuante de um pistão. O sistema ABS é de série.
Design e equipamentos
Com um design funcional e de inspiração retrô, a Himalayan lembra as motos trail dos anos de 1980. Usa um farol redondo com uma pequena “bolha” para proteger o piloto, poucas peças plásticas – até o tanque é feito de aço – e ainda conta com barras laterais para proteger a moto em caso de queda.
O painel é completo: tem velocímetro, conta-giros, marcador de combustível e até uma bússola, reforçando sua vocação aventureira. Há ainda uma pequena tela de LCD que tem relógio, termômetro, indicador de marcha e odômetros.
A trail ainda conta com protetor de cárter e cavalete central de série. Na traseira, há um pequeno bagageiro que permite instalar um baú.
Assim como nos modelos clássicos, a Royal Enfield criou equipamentos de segurança e peças de lifestyle inspiradas na trail aventureira. A marca também venderá malas laterais em alumínio e outros acessórios para quem for viajar com a Himalayan.