Voltadas para um público que procura uma moto simples e fácil de pilotar, mas com aquele charmoso ar retrô, o segmento de clássicas-modernas está em alta no mundo todo. Elas misturam estilo vintage com mecânica atual para atrair desde motociclistas mais experientes, e saudosistas, e até jovens que buscam uma moto para rodar com estilo.
A cada ano, a oferta desses modelos também aumenta no Brasil. Recentemente chegaram ao mercado mais dois modelos, a japonesa Kawasaki Z 900RS e a Triumph Bonneville T100 Black. Se você também quer uma moto retrô, mas não a dor de cabeça de uma moto antiga, as clássicas modernas são uma boa opção. Confira nossa lista com sete modelos de estilos e preços variados.
Royal Enfield Classic 500 – a partir de R$ 19.900
A moto de origem indiana traz no nome seu maior charme: o estilo clássico das motos inglesas utilizadas nas Grandes Guerras Mundiais. Equipada com um monocilíndrico de 500cc alimentado por injeção eletrônica e desempenho modesto (apenas 27,2 cv de potência máxima), a Classic 500 tem câmbio de cinco marchas para aproveitar o bom torque de 4,2 kgf.m já a 4.000 giros. O chassi robusto tem suspensão telescópica na dianteira e bichoque na traseira. O freio é a disco na frente e a tambor, atrás – com opção do sistema ABS.
A Classic 500 está disponível em diversos acabamentos. Mas são as charmosas pinturas militares que fazem sucesso. A Desert Storm (R$ 22.000 com ABS) imita as motos usadas no deserto com seu marrom fosco, enquanto a Battle Green usa o mesmo verde do exército indiano – tanto que a cor nem pode ser comercializada no país de origem da marca.
Royal Enfield Continental GT – a partir de R$ 23.000
A fábrica, que hoje pertence a um grupo indiano, buscou inspiração na sua origem inglesa para criar a Continental GT, uma autêntica cafe racer dos anos de 1950. Desenvolvida no centro técnico da marca na Inglaterra, o modelo tem dois semiguidões, banco solo e cobertura na rabeta.
O monocilíndrico injetado tem 535 cm³ de capacidade, refrigeração a ar e produz 29,5 cv de potência máxima a 5.100 rpm. Na parte ciclística, utiliza garfo telescópico na dianteira e dois amortecedores da marca Paioli na traseira. As rodas aro 18 calçam pneus Pirelli Sport Demon e têm freio a disco – a pinça dianteira é Brembo. A Continental GT é vendida em três cores: preta, verde e vermelha. O preço público sugerido é de R$ 23.000 (R$ 24.500 com freios ABS).
Ducati Scrambler – a partir de R$ 38.900
Inspirada no modelo de mesmo nome lançado em 1962, a família Scrambler da Ducati tem visual minimalista e a proposta de resgatar a essência do motociclismo. Para isso, o modelo traz o básico: rodas, pneus, suspensão, freios e um motor aparente de dois cilindros em “L” e 803 cm³ que produz bons 75 cv de potência. A Scrambler traz somente o essencial em termos de tecnologia: freios ABS, painel digital e luzes em LED.
No Brasil, a marca comercializa quatro versões do modelo, cada uma com seu estilo próprio. A Scrambler Icon tem rodas de liga-leve e um visual contemporâneo. Já a Classic aposta nas rodas raiadas e um banco na cor marrom com costuras que confere um ar mais vintage. Há ainda as versões Urban Enduro, com visual mais aventureiro, e a Full Throttle de inspiração esportiva. Os preços variam de R$ 38.900 a R$ 41.900.
Triumph Bonneville T 100 Black – R$ 39.990
O novo modelo da Triumph, recém-chegado às lojas, mistura o visual clássico da Bonneville com o acabamento todo em preto, normalmente feito pelos customizadores. Equipada com um moderno motor bicilíndrico de 900 cc e 55 cv de potência, a T 100 Black traz soluções modernas como acelerador eletrônico e controle de tração, além dos freios ABS.
O tradicional bicilíndrico inglês ainda equipa outras duas versões “clássicas”, a contemporânea Street Twin (R$ 39.490) e a versátil Street Scrambler (R$ 42.990). Mas se você procura uma moto com a cara das inglesas dos anos de 1950, porém mecânica moderna e fácil de pilotar, a T 100 Black vai lhe agradar.
Kawasaki Z 900RS – R$ 48.990
Outro modelo do segmento que acaba de chegar ao País, a Z 900RS remete às clássicas motos japonesas da década de 1970, que fizeram as fábricas do país do sol nascente dominar o mercado de duas rodas. Essa Kawa, especificamente, presta uma homenagem à Z1 lançada em 1972, que marcou época com seu bom desempenho. A Z 900 RS herdou a mesma arquitetura do motor, porém com quatro cilindros modernos, alimentados por injeção eletrônica e com acelerador eletrônico, controle de tração e 109 cv de potência máxima.
O visual é o típico das clássicas nakeds japonesas com farol e mostradores redondos, guidão conforto e motor aparente. Embora as linhas tenham sido inspiradas na Z1, a Z 900RS tem ciclística atual com suspensão invertida na dianteira, monochoque na traseira e freio a disco com ABS nas duas rodas. O preço sugerido é de R$ 48.990.
Harley-Davidson Street Bob – R$ 55.980
Completamente reformulada para 2018, a nova Softail Street Bob tem chassi e motor novos, mas mescla os estilos bobber e chopper dos anos de 1960. Rodas raiadas, guidão curvado, assento único e paralamas curtos dão um toque retrô ao modelo. Já o motor V2 de 1745 cm³ tem injeção eletrônica e eixos balanceiros para vibrar menos e acelerar mais. O torque de 14,8 kgf.m já a 3.000 rotações pode ser bem aproveitado pelo câmbio de seis marchas, com transmissão final por correia dentada.
Na parte ciclística, garfo telescópico convencional na dianteira e um novo monoamortecedor com regulagem na traseira. Os freios a disco nas duas rodas contam com auxílio do sistema ABS. Painel digital minimalista fixado ao guidão completam o estilo despojado do Street Bob, que é a Softail mais em conta da Harley, e tem preço a partir de R$ 55.980.
Triumph Thruxton R – R$ 57.990
Farol redondo, painel com dois mostradores analógicos, semi-guidões com espelhos retrovisores nas extremidades, banco único com uma capa sobre o assento da garupa, tanque com encaixe para os joelhos. Detalhes que fazem da Triumph Thruxton R uma cafe racer de cair o queixo. Mas o modelo mais caro entre as clássicas modernas da marca inglesa (R$ 57.990) não tem só estilo: ela acrescenta uma boa dose de desempenho ao visual de moto de corrida dos anos de 1950.
O bicilíndrico paralelo de 1.200 cc funciona como um “relógio” e oferece bons 97 cv de potência máxima. Dotado de acelerador eletrônico, essa clássica esconde muita tecnologia embarcada, como modos de pilotagem, controle de tração e freios ABS de série. Seu preço elevado é, em parte, justificado pelas especificações dignas de uma esportiva moderna: suspensão invertida Showa, na dianteira; amortecedores Öhlins na traseira, freios Brembo e pneus Pirelli Diablo Rosso Corsa, também homologados para pista. O bom acabamento e o prazer de acelerar essa cafe racer valem cada centavo.