A Honda CG consegue mexer com a vida de todo mundo, pois até mesmo quem não anda de moto tem uma relação com o modelo. Bastou pedir uma pizza, por exemplo, que em minutos está uma CG buzinando freneticamente no seu portão. Além de ser o veículo automotor mais vendido no Brasil, ela é a preferida entre motoboys, mototaxistas e alunos de moto-escolas.
A grande novidade da versão 2018 é a adoção do sistema de freio combinado que obriga o piloto a usar o freio dianteiro – mesmo contra sua vontade. Veja como essa e outras mudanças da Honda CG 160 alterarão a vida do piloto e dos outros usuários das vias.
Fim do cavalo-de-pau
Boa parte dos congestionamentos nas grandes cidades é fruto de acidentes envolvendo motos. Faixas interditadas e motoristas curiosos (passando devagar para ver a cena) causam estresse e perda de tempo. Tais acidentes poderiam ser evitados se, na frenagem de emergência, o piloto usasse o freio dianteiro e traseiro ao mesmo tempo.
Com a adoção do sistema CBS (Combined Braking System) o uso do freio traseiro e dianteiro passa a ser simultâneo. Ao pisar no pedal do freio o sistema transmite 34% de força para a roda da frente e o restante para a traseira. Com isso o espaço de frenagem diminui e aumenta o controle da moto.
Esse comportamento, quase suicida, de não usar o freio dianteiro é ensinado aos alunos por alguns instrutores das moto-escolas. Aliás, quem está tirando sua CNH também será impactado pela novidade. Quando as novas CG 160 chegarem às moto-escolas os instrutores terão de mudar sua postura e orientar os alunos sobre o uso do freio dianteiro.
Quem não vai gostar da novidade são os pilotos exibicionistas que adoram executar manobras como o “cavalo-de-pau”. Para isso, travam apenas a roda de trás e jogam a traseira para o lado.
Acabou o pula-pula
Nossas ruas e estradas com seus buracos e lombadas exigem muito do sistema de suspensão (e das costas dos pilotos). Para amenizar o problema, o fabricante adotou o sistema SFF (Separated Function Fork) em todas as versões. O nome é complicado, mas o principio é simples. Uma das bengalas recebe o sistema hidráulico (responsável por controlar a expansão e a compressão) e a outra recebe a mola. Segundo o fabricante o sistema foi desenvolvido nas motos de competição e oferece mais conforto e segurança nas curvas e frenagens, melhor absorção de impacto e menor custo de manutenção.
Fique de olho
A CG Titan, a topo de linha que custa R$ 10.190,00, ganhou um painel mais moderno. Sua tela, totalmente escura, lembra um smartphone e o motociclista consegue fazer uma leitura rápida para saber, velocidade, giro do motor, distancia percorrida etc... Não há dúvida, é uma melhoria na moto, porém em caso de queda (ou roubo) a substituição do painel afetará o bolso do piloto.
A versão intermediária da CG 2018 é a Fan (R$ 8.990,00) que ganhou painel que traz conta giros. A informação é importante para o piloto trocar as marchas no tempo certo e usar melhor a potência e o torque do motor. Tal hábito pode diminuir o consumo de combustível e aumentar a vida útil do motor.
Na versão de entrada da linha CG 160, a Start 160 (cotada em R$ 7.990), não há grandes novidades. Assim como as irmãs “mais luxuosas", a Start traz o sistema CBS e ganhou um novo sistema de cromo nas rodas, chamado pelo fabricante de “Black Chrome”. O piloto só vai curtir o visual mais esportivo, porém, o fabricante alega que a utilização desse tipo de cromo “diminui a emissão de elementos nocivos ao meio ambiente”.