Sonho do motociclista que está em melhores condições financeiras, as motos entre 160 e 450cc tiveram um crescimento de 13,1% em suas vendas no primeiro semestre de 2017. É isso que indica o balanço apresentado esta semana pela Abraciclo, entidade que reúne os fabricantes do setor. Os números dão conta que foram emplacadas 49.971 motos desta categoria, contra 44.189 unidades no mesmo período de 2016.
Isso demostra a importância deste segmento que hoje conta com mais de 15 modelos – inclusive a Honda CB Twister e XRE 300 que estão entre as motos mais vendidas do Brasil. Além disso, as compactas premium têm atraído a atenção dos fabricantes como a BMW que lançará a G 310 no segundo semestre para concorrer com modelos como a Yamaha MT-03 e a Kawasaki 300Z.
“O mercado brasileiro está bem servido quando falamos de motos de média capacidade cúbica. Temos uma oferta significativa de modelos e preços convidativos neste segmento”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. Os valores nessa faixa de cilindrada estão entre R$ 13.000 e R$ 22.000.
Duas outras faixas de cilindrada merecem um olhar mais criterioso. Motos até 160cc teve uma retração de 11%, com 359.689 motos emplacadas. O que representa uma redução de aproximadamente 45.000 unidades se comparado ao mesmo período de 2016.
Já a categoria entre 450cc e 800cc registrou queda de 19,3%. As venda desta categoria alcançaram 8.979 motos licenciadas, contra 9.656, do primeiro semestre do ano passado.
Do total de motos vendidas no Brasil nos seis primeiros meses do ano, 38,8% firam por meio de financiameto. Em segundo lugar está a venda a vista, já o consórcio perdeu sua força e é a terceira opção para a aquisição de uma moto zero quilômetro.
Números totais
No primeiro semestre, 427.198 novas motos ganharam as ruas de todo o País. O resultado é 9% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, que emplacou um total de 469.581 unidades.
Apesar disso, a Abracicclo acredita que o segundo semestre apresentará um melhor resultado. Principalmente em função dos lançamentos (linha 2018) e também da realização do Salão Duas Rodas, que acontece em São Paulo em novembro. Novidades sempre aquecem o mercado. A associação não refez suas projeções e deve encerrar o ano com 890.000 motos licenciadas e produção na casa das 910 mil.
Apesar do crescimento na faixa entre 161cc a 449cc, a realidade ainda é bastante preocupante. As quedas consecutivas coloca o Brasil no mesmo patamar de 2002. Neste ritmo, o mercado de duas rodas despencou de quinto maior produtor de motos do mundo para a oitava posição atrás de Índia, China, Indonésia, Vietnã, Tailândia, Taiwan e Filipinas.