Com a reedição da SV 650, a Suzuki aposta no prazer de pilotar uma moto simples, sem frescura – apenas motor, assento, chassi, boa ciclística e uma pitada de eletrônica. Apesar de antiga, a marca japonesa acredita que essa receita de uma pilotagem fácil e divertida ainda faz sucesso. A nova SV 650 manteve as características do projeto idealizado em 1999 e chega ao mercado europeu na versão com ABS custando 6.490 Euros, cerca de R$ 26.000.
Segundo a Suzuki, o motor de dois cilindros em “V” foi projetado para ter bom rendimento e menor consumo de combustível. São 645 cm³ de capacidade cúbica que oferece 76 cv (a 8.500 rpm) de potência máxima e torque de 6,5 kgf.m a 8.100 rpm.
Os números são até modestos para um 600cc, porém, segundo o fabricante, a SV650 é uma moto dócil, que transfere potência e troque de forma progressiva e sem sustos. Atenderá desde os iniciantes, até o piloto experiente que não se impressiona com cavalaria ou recheado pacote eletrônico.
Chassi e ciclística
O quadro em treliça, marca registrada da SV 650 desde seu lançamento, não foi abandonado e ancora toda a ciclística do modelo. Na dianteira, garfo tradicional de 41 mm de diâmetro e 125 mm de curso e possibilidade de ajuste na pré-carga da mola. Já na traseira, o monoamortecedor pode ser regulado em sete posições, isso de acordo com a carga transportada e a utilização da moto.
O conjunto de freio é composto por discos duplos de 290 mm de diâmetro na dianteira, mordidos por cáliper de quatro pistões. Já na roda traseira, disco único de 245 mm, com cáliper de dois pistões. Para garantir maior nível de segurança, a SV 650 ganhou sistema de freios antitravamento (ABS). Para completar, a naked da Suzuki usa rodas de liga leve (cinco raios) de 17 polegadas, calçadas com os pneus Dunlop Sportmax Qualifier nas medidas 120/70 (D) e 160/60 (T).
Com 2.080 mm de comprimento, 195 Kg (a seco) e 745 mm de altura do assento, a moto terá uma missão muito difícil pela frente, encarar de igual para igual outras duas nakeds japonesas: a Yamaha MT-07 e a Kawasaki ER-6n, que são modelos mais modernas em termos de ciclística e motorização.