Renault confirma a produção do Kwid no Brasil. Com plataforma mundial, produto foi desenvolvido pela Renault Technology America (RTA) e pelo Renault Design America Latina (RDAL) para o mercado brasileiro. Mas ele já é bem conhecido do mercado indiano, onde já foi lançado.
Lançado na Índia em abril com preços partindo dos 3.900 dólares, o Renault Kwid vai muito bem nas vendas por lá a ponto de a marca já estar trabalhando em um sedã em um crossover derivados do mesmo projeto. Agora, a Renault anunciou de forma oficial que ele será produzido no Brasil. Mas não será exatamente igual.
É uma questão de qualidade. Para custar o mesmo que um bom cortador de grama, o Kwid indiano tem poucas concessões no projeto. As rodas são de três furos com calotas, os comandos dos vidros elétricos ficam no painel, não há preocupação com texturas e cores dos plásticos de acabamento e o quadro de instrumentos digital tem apenas o extremamente necessário. Por outro lado, 97% dos componentes são fabricados na Índia. A montagem é na fábrica da Renault-Nissan em Chennai.
Em dimensões, nada mudará. Tem 3,68m de compriemento (8cm a mais que um Up!), 1,57m de largura (3cm a mais que um Uno), 1,47m de altura (4cm a mais que um Palio) e 2,42m de entre-eixos (como em um Picanto). Mas receberá os mesmos retrovisores de Logan e Sandero e, no interior, os plásticos do acabamento serão trocados por materiais de melhor qualidade.
Na versão de entrada o motor será o 0.8 de três cilindros flex com pouco mais de 60cv. O objetivo é custar R$ 30 mil e substituir o velho Clio. Quem fizer questão de mais potência terá como opção o motor 1.0 16v Hi-power de quatro cilindros e 80cv, o mesmo do Clio. O câmbio é manual de cinco marchas nos dois casos. O lançamento do Kwid no Brasil está previsto para o final de 2016 e outra de suas metas é ser um dos carros mais econômicos do país.