A situação econômica na Venezuela, especialmente a relativa ao controle de câmbio, foram determinantes para a suspensão da produção de veículos Ford naquele país, desde o dia 5 de maio. A Toyota já esta sem produzir desde fevereiro último.
O problema é a falta de dólares para pagamento de fornecedores e importação de peças para a montagem de veículos, devido a restrições e atrasos na comercialização da moeda americana.
O governo bolivariano de Nicolas Maduro enfrenta, diariamente, inúmeras manifestações de protesto por parte do povo contra, principalmente, o regime ditatorial imposto e pela falta de abastecimento dos supermercados. A liberdade de imprensa é controlada pelo governo que restringe o fornecimento de papel para os jornais e revistas.
A Ford tem unidade industrial no centro da cidade de Valência que estará ociosa até, pelo menos, o final de maio. A promessa do governo é liberar 20 milhões de dólares para a Ford poder honrar seus compromissos com a importação de peças.
Todavia, Maduro insiste na tese de que os empresários, sem escrúpulos, exageram suas necessidades de dólares, segundo o ditador, com o objetivo de alcançar lucros com as vendas da moeda no mercado paralelo.
No primeiro trimestre, as vendas de veículos caíram 76 por cento no mercado venezuelano para apenas 3.424 unidades em comparação com 14.316 unidades nos primeiros três meses de 2013. No primeiro trimestre, a Ford vendeu apenas 499 carros no país.