A Toyota anunciou na quarta-feira, 9, que convocará ao menos 6,39 milhões de veículos em todo o mundo por diferentes falhas que afetam peças na coluna de direção, banco do motorista, airbag e motor de arranque, tornando-se o segundo maior recall da história da empresa. Segundo agências internacionais de notícias, a montadora informa que analisará 27 modelos e que o número total de veículos a serem revisados não é definitivo e pode aumentar para 6,5 milhões, de acordo com estimativa da própria fabricante.
Entre os convocados, estão o utilitário esportivo RAV4, o subcompacto Yaris, Corolla, Pontiac Vib e Subaru Trezia, dois modelos que a montadora produz para a General Motors e Fuji Heavy Industries. A empresa não disse quanto o recall deve custar e não ficou claro se as falhas vieram de seus fornecedores ou do processo de fabricação dos veículos.
No total, 2,34 milhões dos veículos afetados estão na América do Norte, 1,09 milhão no Japão e 770 mil estão na Europa. Os outros 2,19 milhões de carros que precisam passar pelo recall estão espalhados por outras regiões do mundo. Ainda não há informações se há modelos entre os convocados vendidos no Brasil. Nesta quarta, a companhia fornecerá mais detalhes sobre o recall.
A maioria dos veículos (3,5 milhões, entre eles Corolla e Camry, Yaris e RAV4) passará pelo recall por um problema no cabo espiral do airbag, que pode provocar um corte na alimentação elétrica do airbag e impedir seu funcionamento.
Outros 2,32 milhões de modelos de três portas, fabricados entre janeiro de 2005 e agosto de 2010, passarão pelo recall para verificação de falhas no trilho de ajuste de bancos, que podem levar o assento a avançar em caso de um acidente. Os outros recalls são por falhas em suportes de coluna de direção, motores dos limpadores de para-brisa e motores de arranque.
A Toyota afirmou ainda não ter conhecimento de nenhum acidente ou de ferimentos causados pelas falhas. O recall está entre os maiores da história da Toyota. Recentemente, a montadora chamou para revisão 9 milhões de veículos, fabricados entre 2004 e 2010, após descobrir uma falha nos pedais de aceleração, que causavam aceleração repentina. O problema foi ligado a acidentes fatais, principalmente nos Estados Unidos, e custou US$ 1,2 bilhão à empresa.