A Honda decidiu repensar sua participação no segmento custom brasileiro, no qual atua apenas com a já conhecida Shadow 750. Para isso, a marca japonesa confirmou a chegada da exótica CTX 700N, modelo lançado nos Estados Unidos no início do ano passado, que estende para mais um nicho o conceito criado pela família 700, representada aqui pela crossover NC 700X. A moto virá ao País importada, mas já existem planos de nacionalizá-la. Seu preço sugerido será revelado apenas no final de maio, quando a estradeira chegará às concessionárias Honda Dream, mas deve próximo dos R$ 30 mil sugeridos para a versão com ABS da irmã crossover.
O nome, um acrônimo das palavras Confort Technology Experience, traduz a proposta de oferecer um modelo moderno e confortável. No visual, o aspecto clássico característico do segmento dá lugar a linhas mais quadradas, principalmente no tanque e no quadro, onde chama a atenção o escape reto feito em aço inox. Outrso detalhes importantes são a lanterna traseira em LED e a presença de diversos painéis em preto fosco. Estes fazem contraponto ao cromado e as peças de metal, normalmente utilizados em abundância para compor o visual das motos custom. Isso deixa em evidência a preocupação da Honda em trazer modernidade para o estilo.
Já as rodas e o farol são os mesmos utilizados na NC 700X, sendo que este último aparece em uma forma mais simples sem o parabrisa e a integração com o paralama alto da crossover. Desta forma, a CTX 700N deixa claro, que além de um modelo novo é um membro da família a qual o motociclista já conhece. O conceito do compartimento no tanque também foi mantido na cruiser. Entretanto, ele e menor e não comporta um capacete, sendo indicado para pequenos objetos, como luvas, por exemplo.
Cilindros paralelos
O motor da CTX 700N é o mesmo da crossover NC 700X: um bicilíndrico paralelo de 670 cm³, arrefecimento líquido e comando único no cabeçote (SOHC). A potência também não muda. Portanto, na cruiser, ele continua gerando até 52,5 cv a 6.250 rpm e o torque máximo ainda é de 6,4 kgf.m disponível a 4.750 giros. O câmbio é de seis velocidades. Assim como na crossover, a escolha pelo motor se fez devido à baixa vibração e a economia de combustível. A moto será capaz de percorrer entre 25 e 30 quilômetros por litro, sendo que o tanque tem capacidade para 12,3 litros, projeta uma autonomia acima de 300 km.
A versão trazida pela Honda vem com freios ABS de série. Um disco de 320 mm de diâmetro mordido por pinça de pistão duplo na roda dianteira e outro de 240 mm de diâmetro com pinça de pistão único compõem o conjunto. No quesito ciclística, prioridade para o conforto, com assento colocado a 720 mm do chão. A roda dianteira é presa por um garfo convencional de 106 mm de curso, enquanto a traseira emprega um monoamortecedor com link cujo curso é de 109 mm.
Segundo a Honda, a vinda da moto importada irá medir a aceitação do público e, pelo menos nesse primeiro momento, a ideia não é substituir a Shadow, mas oferecer uma nova opção. “Quem optar pelo estilo clássico compra a Shadow 750. Mas, para quer comprar uma moto estradeira, estilo cruiser, com posição de pilotagem mais confortável para piloto e garupa, a CTX 700N é uma excelente pedida”, comenta Alfredo Guedes Jr., engenheiro da Honda.
Quem está em dúvida se a nova moto é apta para dividir atenções com a Shadow, poderá vê-la de perto na 30ª edição do Megacycle, encontro de motociclistas que acontece entre os dias 10 e 13 de abril no Parque Municipal Ilha Antônio Dutra, em São Lourenço, Região Sul de Minas Gerais. Ou aguardar sua chegada, prevista para o final de maio, nas concessionárias Honda Dream.