A General Motors anunciou na segunda-feira, 17, um recall de cerca de 1,5 milhão de veículos. A maioria dos carros convocados é de utilitários esportivos. Há ainda 303 mil vans e mais de 60 mil Cadillac na lista.
O motivo dos recalls é a possibilidade de defeito nos cilindros (miolos) de ignição, onde a chave é girada para ligar o motor. A GM teria descoberto em 2004, depois de os primeiros relatos aparecerem em 2001, que em algumas situações o defeito na ignição poderia provocar paralisação dos veículos. Segundo a reportagem da Dow Jones Newswires, a executiva-chefe da montadora, Mary Barra, declarou em um vídeo para os funcionários que “algo deu errado no processo e coisas terríveis aconteceram”.
Ela informou também que novas medidas serão colocadas em prática para mudar o processo de recall. As concessionárias poderão começar a pedir as peças para substituição em abril. O anúncio do recall e o vídeo fazem parte de uma tentativa mais ampla da GM de mostrar que está assumindo seus erros e determinada a consertar os problemas que levaram a empresa a esperar quase uma década para trocar as peças, relacionadas a 12 mortes nos Estados Unidos.
“Como membro da General Motors e como mãe, isso realmente me atinge”, disse Mary Barra no vídeo. A Administração Nacional de Segurança no Tráfego em Rodovias (NHTSA) quer que a GM responda 107 perguntas até o dia 3 de abril relacionadas aos eventos que levaram ao recall. A montadora pode ser multada em até US$ 35 milhões. Ainda de acordo com a agência de notícias, o órgão regulador vem sendo criticado por não ter exigido o recall mais cedo.